Final de tarde numa quinta-feira de calor, estava eu sentada no alto de um prédio, lendo, ouvindo músicas pelo fone do meu celular, onde entre os espaços dos arbustos que cercavam a sacada o mar: tão sereno, tão encantador como um tapete. A brisa suave soprava e causava-me leves gostosos arrepios.
Lia documentário/relatos do próprio diretor e roteirista de cinema Louis Melle. Nunca antes ouvira falar, mas a paixão que ele falava sua vida, filmes e suas implicações, fizeram-me refletir no privilégio, às vezes castigo, desses que conseguem capturar fragmentos da vida e provocar-nos através de imagens.
Curioso, o espaço entre os arbustos mostrava o mar como um retrato, apenas aquele quadrado.
Eu aqui, num intervalo entre um atendimento e outro, à beira, na “eira”, observando a vida. Na verdade, vivendo-a.
Tantas pessoas passam por nós, umas marcam, fazem parte da história pessoal e em sua maioria se torna uma imagem congelado no porta-retrato de nossa memória. Memória, melhor tê-la.
Às portas do paraíso. Hiato.
Esses instantes tão constantes estão por aí, prontos a serem percebidos e capturados.
Até quando passaremos sem capitá-los e aproveitar para nessa coleção de coisas que fizemos, vimos e sentimos durante o período que temos aqui?
A noite vem chegando bela e vagarosa, o cenário vai aos poucos mudando e eu, agradecida, termino esse escrito.
Botafogo, Rio de Janeiro (RJ), 03 de setembro de 2009.
17h10
Lia documentário/relatos do próprio diretor e roteirista de cinema Louis Melle. Nunca antes ouvira falar, mas a paixão que ele falava sua vida, filmes e suas implicações, fizeram-me refletir no privilégio, às vezes castigo, desses que conseguem capturar fragmentos da vida e provocar-nos através de imagens.
Curioso, o espaço entre os arbustos mostrava o mar como um retrato, apenas aquele quadrado.
Eu aqui, num intervalo entre um atendimento e outro, à beira, na “eira”, observando a vida. Na verdade, vivendo-a.
Tantas pessoas passam por nós, umas marcam, fazem parte da história pessoal e em sua maioria se torna uma imagem congelado no porta-retrato de nossa memória. Memória, melhor tê-la.
Às portas do paraíso. Hiato.
Esses instantes tão constantes estão por aí, prontos a serem percebidos e capturados.
Até quando passaremos sem capitá-los e aproveitar para nessa coleção de coisas que fizemos, vimos e sentimos durante o período que temos aqui?
A noite vem chegando bela e vagarosa, o cenário vai aos poucos mudando e eu, agradecida, termino esse escrito.
Botafogo, Rio de Janeiro (RJ), 03 de setembro de 2009.
17h10
Lúliz, concordo plenamente com o seu relato. Se soubéssemos aproveitar o que a natureza nos dá...viveríamos muito melhor.
ResponderExcluirUm beijo da sua irmã,
Marcia Cristina
Poder observar a natureza é um privilégio! Daqui também posso curtir belíssimas paisagens! Ótimo texto, Luiza: chama a atenção para essa experiência que todo mundo deveria ter.
ResponderExcluirBjk!
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