Trechos do livro O Vendedor de Sonhos, autoria de Augusto Cury
“Quando considero a brevidade da existência dentro do pequeno parêntese do tempo e reflito sobre tudo que está além de mim e depois de mim, enxergo minha pequenez. Quando considero que um dia tombarei no silêncio de um túmulo, tragado pela vastidão da existência, compreendo minhas extensas limitações e, ao deparar com elas, deixo de ser deus e liberto-me para ser apenas humano. Saio da condição de centro do universo para ser apenas um andante nas trajetórias que desconheço...” (p. 36)
“Os profissionais de saúde mental são poetas da existência, têm uma missão esplêndida, mas jamais podem colocar um paciente dentro de um texto teórico, e sim um texto dentro do paciente. Não enquadre excessivamente seus pacientes dentro dos muros de uma teoria, caso contrário reduzirá suas dimensões. Cada doença pertence a um doente. Cada doente tem uma mente. Cada mente é um universo infinito.” (p. 49)
Sabe, tenho esse livro mas acabei não terminando de ler...
ResponderExcluirFico pensando, devemos procurar cada vez o anonimato. Isso no sentido de contribuir para que o mundo gire sem que o nosso nome esteja numa plaquinha em algum lugar ou que uma medalha de honra ao mérito seja oferecida...
Somos um pedacinho desse universo, devemos observar a grandeza das coisas ao nosso redor e reconhecer que elas existem de uma forma diferente para cada um, que não há o certo e o errado, o melhor e o pior. A partir daí podemos ter a única preocupação em existir, sem que isso signifique que o nosso jeito é o mais adequado...
Ser psicólogo é perceber que quem se coloca à nossa frente não o faz por ser menor ou "doente".
Precisamos notar que está ali uma pessoa com um olhar diverso, não necessariamente com um texto que se adeque ao seu quadro, mas especialmente alguém como uma história que, em algum momento, deixou de se encaixar nas outras peças que compõem a sua trajetória.
Devemos, sobretudo, considerar que as escolhas, os posicionamentos, não são nossos, mas do cliente que se apresenta, afinal, estar num processo terapêutico já nos mostra a sua vontade de encontrar o sentido, que, aliás, somente ele poderá dar...
Se cada mente é um universo infinito, devemos encontrar um ponto de encontro para a construção dessa relação, que se torna rica também para nós, que nos faz lembrar a cada instante que o nosso mundo, o nosso olhar, é apenas mais um...
Olá Luíza,
ResponderExcluirEu deixei o seu e-mail em minha caixa de entrada, pois não queria arquiva-lo sem ler.
O primeiro texto fala sobre a morte. Outro dia eu estava pensando nela. Lembrei de pessoas que foram muito importantes para mim e que hoje não existem mais, fisicamente falando.
Pensei também que todas as minhas preocupações e esforços, um dia serão apenas lembranças eventuais no coração daqueles que se importavam comigo. Neste momento a mensagem do Eclesiastes me veio a mente:
"Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma". Eclesiastes 9.8-10
O segundo texto, sobre as doenças mentais me fez pensar em como o ser humano é complicado. Às vezes tudo parece estar muito bem, e de um momento para outro a mente entra em colapso. Me lembrei de uma mulher que sempre cuidou das pessoas, tanto de sua família quanto da igreja. Ela era um exemplo de pessoa centrada e e espiritual. De repente ela começou a ficar estranha, não falava coisa com coisa, separou-se do marido e, no velório da mãe, apareceu com a camisa da seleção brasileira e agia como se estivesse no meio de uma festa. É mole?
Que Deus cuide de nós,
Beijos,
Beijos,
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Marcos Vichi
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