quarta-feira, 10 de junho de 2009

Gosto dessa mensagem e não posso deixar de dizer que o Senhor Deus tem para nós "pensamentos de paz e não de mal" (Jr. 29.11)

RECOMEÇAR...
Carlos Drummond de Andrade

" Não importa onde você parou...
Em que momento da vida você cansou
O que importa é que sempre é possível e necessário "recomeçar"
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
É renovar as esperanças em si mesmo e, o mais importante...
Acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?Foi aprendizado...
Chorou muito?Foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?Foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?É porque fechastes a porta até para os anjos...
Acreditou em tudo que estava perdido?Era o início de tua melhora...
Onde você quer chegar?Ir alto? Sonhe alto...
Queira o melhor do melhor...
Se pensarmos pequeno...Coisas pequenas teremos...
Mas se desejarmos fortemente o melhor e
Principalmente lutarmos pelo melhor...
O melhor vai se instalar em nossa vida.
Porque sou do tamanho daquilo que vejo,
E não do tamanho da minha altura."

Recebi esse texto por e-mail de uma amiga E.A.

SER FELIZ OU TER RAZÃO ?
"Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo e ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade,admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.
Mas ele ainda quer saber: Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho > errado, devias ter insistido um pouco mais...E ela diz: Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamosestragado a noite!
MORAL DA HISTÓRIA:Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.
Com base nessa história, deveríamos sempre nos perguntar: Quero ser feliz ou ter razão?'
Outro pensamento parecido, diz: 'Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Tênis e Frescobol - Rubem Alves

Texto indicado por minha amiga B. (Obrigada)
Tênis e Frescobol
por Rubem Alves

"Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os relacionamentos são de dois tipos: há os do tipo 'tênis' e há os do tipo 'frescobol'. Os relacionamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa. Explico: para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: 'Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: 'Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de ‘conversar.' Scherazade sabia disso. Sabia que os relacionamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, e terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: 'Eu te amo...'.Barthes advertia: 'Passada a primeira confissão, 'eu te amo' não quer dizer mais nada.'
É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: 'Erótica é a alma'.
O tênis é um jogo feroz.. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola.
Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada - palavra muito sugestiva - que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é jogar pra sempre... E, o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado.
Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos... A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá...
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde. Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração".

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008


Idéias retiradas do livro "Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", escrito por Stephen R. Covey


HÁBITOS, CONTA BANCÁRIA EMOCIONAL, PARADIGMA, MATURIDADE, SER PROATIVO

Hábitos são padrões de comportamento aprendidos. Compostos por conhecimento, atitudes e habilidades.
O caráter é uma composição de hábitos, estes são fatores poderosos em nossas vidas, que eficazes podem ofertar sucesso e felicidade duradouro. As mudanças e os ajustes são atingidos com força de vontade e algumas mudanças.
Conta Bancária Emocional representa o valor da confiança que se criou no relacionamento. Quando depositamos, construímos um reservatório de boa vontade e confiança, ao retirarmos, nos distanciamos das pessoas e perdemos todos os benefícios.
Quanto mais próximas as pessoas, mais necessários se fazem os depósitos, ou então, elas perderão o valor. Os relacionamentos são tão importantes que estamos quase sempre interessados em sua situação. Entretanto, deve-se ter paciência e deixarmos que o relacionamento siga seu curso natural.
Na “Lei Primária do Amor” - amor deve ser incondicional e nas “Leis Primárias da Vida” estão os princípios como integridade, criatividade, autodisciplina e consideração. Aprender a vivenciar qualquer uma delas nos ajuda a vivenciar todas.
Somos responsáveis por nosso próprio controle. Este se baseia na força e cria resistência. A influência se baseia nas leis primárias da vida e do amor que mencionamos e permitem que as pessoas fluam em uma direção que as leva a cooperar conosco. Nada podemos controlar em um relacionamento, exceto nossos depósitos e retiradas.
Cinco tipos de depósitos: atenção x desatenção; cumprir promessas x quebrar promessas; honrar expectativas x violar expectativas; lealdade x duplicidade; desculpas x orgulho.
Paradigma significa um modelo, padrão ou conjunto de idéias que descreve algum aspecto do mundo. Nossas mentes os constróem e utilizam para dar sentido às coisas. Eles funcionam como um mapa que mostra e que ponto as coisas estão e como se relacionam entre si. Ainda mostram uma estimativa do mundo. Até certo ponto estão errados, pois vemos o mundo como nós somos. O que pode nos limitar. Temos medo de coisas que não precisamos temer. Os paradigmas mais importantes são os que temos para nós mesmos, que provém do Espelho Social – nele reflete as respostas das outras pessoas aos nossos pensamentos e comportamentos. Quando os comportamentos e atitudes são ineficazes, freqüentemente estão sinalizando paradigmas errados ou incompletos. As lembranças são reafirmações de nossas experiências. Elas não conseguem nos mostrar nada de novo ou nos levar além de onde estivemos. Enquanto vivemos de lembranças não temos uma meta além de permanecermos onde estamos ou visitar novamente o que já vimos.
Maturidade é um processo, não uma condição. Por exemplo, uma pessoa pode ser fisicamente madura mas emocionalmente imatura ou vice-versa. Como primeiro estágio contínuo da maturidade, está a dependência, o que tende a impedir que causemos resultados. Como segundo estágio, está a independência, onde chegamos a um senso interior de segurança e autovalor e descobrimos que o fato de viver produtivamente nos deixa felizes. Até chegamos a interdependência – na vida existem aspectos sociais e políticos e há metas que não conseguimos atingir sozinhos, então trabalhamos em cooperação com outras pessoas, buscando o bem-estar delas e o nosso. Experimentamos a riqueza emocional dos relacionamentos interpessoais e também as recompensas práticas do trabalho em equipe.
Os sete hábitos representam certas vitórias: particulares (seja proativo, comece com o objetivo em mente, primeiro o mais importante), públicas (pense em vencer-vencer, procure primeiro compreender, “sinergize”, afine o instrumento). Até que desenvolvamos o autodomínio, é difícil, senão impossível, atingir o sucesso com outras pessoas.
Os hábitos da eficácia pessoal: seja proativo (responsável por sua vida), comece com o objetivo em mente (descobrir uma missão pessoal), primeiro o mais importante (agir com base em prioridades que vêm de sua missão, papéis e metas).
Ser proativo, hábito da visão pessoal, é o poder de escolher nossas próprias respostas, podemos mudar nossas circunstâncias. Essas escolhas são orientadas por valores (coisas que consideramos importantes) fixos, obtemos o poder de sermos constantes apesar das circunstâncias mutante. Os valores em si não são importantes, mas sim como orientam a vida de uma pessoa proativa. Quando somos proativos, aceitamos a responsabilidade por sermos quem somos, pelo que temos e fazemos. Tudo que noa aconteceu é produto de nossas escolhas. A proatividade produz resultados; a reatividade produz desculpas ou explicações. Quando somos proativos, vemos que as razões nada nos trazem e resolvemos que apenas nos satisfaremos com resultados. A força da proatividade não é uma força agressiva. É uma força interna, a força da integridade, ou um simples compromisso com valores e princípios
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Um folheto que escrevi quando ainda estudante de teologia.


"Salva-me, ó Deus, porque as águas me sobem até à alma. Estou atolado em profundo lamaçal, que não dá pé; estou nas profundezas das águas, e a corrente me submerge. Estou cansado de clamar, secou-me a garganta; os meus olhos desfalecem de tanto esperar..." (Salmo 69:1-3)

Talvez em algum momento desta leitura, você tenha percebido que muitas vezes tem se sentido da mesma forma com que essa pessoa escreveu. Tudo parece estar dando errado, por mais que corra, não consegue chegar ao alvo e as suas forças começam a esmorecer. Um profundo de angústias que apertam o coração, uma atroz inquietação sem ver em algum lugar a solução para os seus problemas; tribulações escondidas no seu íntimo de modo tal que, aparentemente, ninguém possa ajudar.
Embora as pessoas nos cerquem somos cruelmente atingidos pela solidão.
O autor daquelas palavras foi um homem muito influente conhecido como O Grande Rei Davi. Ele era rico, poderoso, tinha uma nação aos seus pés e de repente ele se sentiu perseguido, aflito e angustiado. Uma opressão tamanha, que nada, nem ninguém podia de algum jeito resolver.
Seguindo a leitura deste salmo, Davi desabafa e reconhece: “Tu, ó Deus, conheces minha estultice e as minhas culpas não te são ocultas. Conheces minha afronta, a minha vergonha e o meu vexame; todos os meus adversários estão à tua vista. O opróbrio partiu-me o coração e desfaleci; esperei por piedade e consolo mas não os achei.”
Davi lamenta ainda mais, pedindo a Deus que o coloque num alto refúgio. Sabia que Deus conhecia seu âmago, suas entranhas e nessa hora ele se entregou a Deus e reconheceu que “o Senhor responde aos necessitados, e não os despreza; Deus me salvará”; é tão bom desfrutar da mesma certeza que Davi e sentir que Deus não está distante ou ausente. O Senhor conhece todas as suas aflições e de pronto atende o seu clamor e o livra.
Assim como respondeu a Davi, ele fala a você. Diga a sua tristeza para Deus e deixe que Ele lhe estenda sua forte mão. Tenha certeza de que Deus é o porto seguro, nele se encontra refúgio e solução para qualquer problema.

Luiza

Abril/2000
Trechos do Livro Elogia da Loucura de Erasmo de Rotterdam

“Eu ( a Loucura*) me revelo, como já disse, com meu rosto e meus olhos (...) não uso disfarce, não dissimulo no rosto o que não sinto no coração. Sou sempre igual a mim mesma. Não ponho a máscara, como aqueles que pretendem representar um papel de sábios e andam desfilando como macacos vestidos de púrpura e como asnos com pele de leão. (...) A deusa Loucura não pode classificar de modo mais honesto seus adoradores. Mas não se sabe de onde venho. (...) Nasci de Plutão (...) ele não me gerou de seu cérebro, como o fez Júpiter com essa triste e cruel Palas, mas fez-me nascer da Juventude, a mais formosa e alegre das ninfas. (...) Sou filha das relações de amor somente, como diz nosso Homero, o que é infinitamente mais terno.(...) (Minhas companheiras são*) a Philautia, isto é o amor-próprio; Kolaxia, a adulação; Lethes, o esquecimento; Misoponia, a preguiça; Hedone, a volúpia; Anoia, a irreflexão; Tryphe, a moleza; Komo, a boa mesa; Nigreton Hypnon, o sono profundo. (...) Cada momento da vida seria triste, fastidioso, insípido, aborrecido, se não houvesse prazer, se não fosse animado pelo tempero da Loucura. (...) Conivência, menosprezo, cegueira, ilusão em relação aos defeitos dos amigos, complacência a ponto de avaliar e admirar os vícios mais evidentes como qualidades, não será isso, acaso, estar próximo da loucura? (...) é precisamente loucura que une os amigos e os conserva na amizade.”


* Grifo meu
ESCONDERIJO
"Ah, se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos! Então seria a tua paz
como um rio, e a tua justiça como as ondas do mar!" (Is. 48.18)

Se for preciso, esconda a cabeça na areia, até passar o vendaval em seu deserto. À maneira dos camelos, que pacientes e dignos “...mastigam sua longa solidão”. Ou acerte sua posição, e conserve-se firme nela, como os navios em meio à tempestade.
Não se deixe desnortear por influências alheias à carreira que você se propôs. Vozes ecoarão de todos os lados, tentando distraí-lo, fazê-lo desviar-se de seu rumo e propósito. Não lhes dê atenção. Mantenha-se sereno, isento, quieto – à espera. Sonhe com seu sonho; não misture ao sonho dos outros. Quando tudo estiver muito bem arrumado em seu coração, então levante a cabeça e olhe ao redor, mas principalmente para o alto!
Enriquecido e fortalecido você terá olhos de ver. E verá o verdadeiro e quiçá maravilhoso universo que envolve seu secreto mundo. Recrie então seu sonho e seu canto. Seja poeta seu e do universo lá fora. E lembre-se com humildade do seu Criador!


Copiado do livro Devocionais Para Todas as Estações, dia 15 de abril.