sábado, 16 de janeiro de 2010

Pensamentos

Trechos do livro O Vendedor de Sonhos, autoria de Augusto Cury

“Quando considero a brevidade da existência dentro do pequeno parêntese do tempo e reflito sobre tudo que está além de mim e depois de mim, enxergo minha pequenez. Quando considero que um dia tombarei no silêncio de um túmulo, tragado pela vastidão da existência, compreendo minhas extensas limitações e, ao deparar com elas, deixo de ser deus e liberto-me para ser apenas humano. Saio da condição de centro do universo para ser apenas um andante nas trajetórias que desconheço...” (p. 36)

“Os profissionais de saúde mental são poetas da existência, têm uma missão esplêndida, mas jamais podem colocar um paciente dentro de um texto teórico, e sim um texto dentro do paciente. Não enquadre excessivamente seus pacientes dentro dos muros de uma teoria, caso contrário reduzirá suas dimensões. Cada doença pertence a um doente. Cada doente tem uma mente. Cada mente é um universo infinito.” (p. 49)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Clarice Lispector que recebi de uma amiga I.V.S.


Tente o novo todo o dia:

o novo lado,

o novo método,

o novo sabor,

o novo jeito,

o novo prazer,

o novo amor.

A NOVA VIDA.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Um Ano

Diversas vezes escrevi aqui mas apenas em minha mente. Platão dizia que o mundo perfeito é o das idéias. Pode até ser. Mas de que adianta ser perfeito quando nossa condição humana nos torna seres interdependentes, e não há troca, compartilhos e crescimento mútuo?
Estou completando um ano de blog, e embora tenha "escrito" no mundo das idéias, vejo pouca ação, vide o número de postagens.
Final de ano; momento de balanço.
Importante, vital, imprescindível ter sonhos, mas que junto a eles esteja a ação.
Por que não 2010 ser o ano das ações?
Dádivas, quantas recebi. E vc? Que tal compartilharmos, dividirmos a dor e caminharmos juntos?

sábado, 31 de outubro de 2009

Lembranças

Noutro dia fazia uma prova para uma área da psicologia e me deparei com a questão: qual a relação entre o direito e a psicanálise e a Lei e as leis. Não querendo respondê-la aqui, mas ao final a relacionei nesse instante com a música que escuto no momento: Cherrish.
Daí sim, vem a relação da qual falo no momento.
Minha constituição enquanto sujeito, ser humano, vem/veio do modo como fui inserida na sociedade; através dos meus pais, irmãos e demais pessoas que quando eu ainda era um bebê diziam qual o meu nome, qual nosso grau de parentesco ou não, enfim, o que sou hoje foi construído através dos tempos. (Que fique claro, ainda estou em construção e que dure por muito mais tempo!)
Mas por que dei como título lembranças? Sempre queremos saber o porquê, não é mesmo? Ok. Foi preciso que eu guardasse tais coisas em minha memória, daí, ao ser chamada, lembro instantaneamente que essa palavra que falaram corresponde ao meu nome, que acaba me identificando. O Outro me é importante. Não somos “ilhas”, somos seres interdependentes. Que bom! Precisamos uns dos outros.
Lembranças. Boas ou ruins. Cresço com elas. Aprendo a partir delas. Ganho sentido através delas. Emocionam-me. Embalam-me. Viajo!
Uma pessoa sem lembranças fica sem passado, sem história. E eu quero ter uma linda pra contar. Já comecei.

sábado, 12 de setembro de 2009
















Final de Tarde


Final de tarde numa quinta-feira de calor, estava eu sentada no alto de um prédio, lendo, ouvindo músicas pelo fone do meu celular, onde entre os espaços dos arbustos que cercavam a sacada o mar: tão sereno, tão encantador como um tapete. A brisa suave soprava e causava-me leves gostosos arrepios.
Lia documentário/relatos do próprio diretor e roteirista de cinema Louis Melle. Nunca antes ouvira falar, mas a paixão que ele falava sua vida, filmes e suas implicações, fizeram-me refletir no privilégio, às vezes castigo, desses que conseguem capturar fragmentos da vida e provocar-nos através de imagens.
Curioso, o espaço entre os arbustos mostrava o mar como um retrato, apenas aquele quadrado.
Eu aqui, num intervalo entre um atendimento e outro, à beira, na “eira”, observando a vida. Na verdade, vivendo-a.
Tantas pessoas passam por nós, umas marcam, fazem parte da história pessoal e em sua maioria se torna uma imagem congelado no porta-retrato de nossa memória. Memória, melhor tê-la.
Às portas do paraíso. Hiato.
Esses instantes tão constantes estão por aí, prontos a serem percebidos e capturados.
Até quando passaremos sem capitá-los e aproveitar para nessa coleção de coisas que fizemos, vimos e sentimos durante o período que temos aqui?
A noite vem chegando bela e vagarosa, o cenário vai aos poucos mudando e eu, agradecida, termino esse escrito.
Botafogo, Rio de Janeiro (RJ), 03 de setembro de 2009.
17h10

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Achei esta mensagem em meus arquivos que recebi de uma pessoa muito querida que hoje não sei mais. AGT

Perder
Para cada coisa que perder ganhará mil.
Quando buscamos algo, perdemos o que encontramos.
Quando nos apegamos ao que buscamos, perdemos os momentos.
Os momentos são preciosos, são eles que nos tocam.
Quando temos metas rígidas, deixamos de ver e de ouvir.
As metas se fazem no caminho, no caminhar.
Caminhar é perder, perder sempre.
A cada momento está perdendo vida, juventude, sonhos, pessoas, esperanças,crenças.
Mas veja, a única coisa que não perdemos é o momento.
O momento é a surpresa, é o que ganhamos, tudo que temos é o agora.
Tudo que temos acaba: se nos apegamos, ficamos no que acaba, se não, recebemos o inusitado, o novo, o que vai crescer e frutificar, e não o que está morrendo.
Tudo é passagem, repito, e é na passagem que a vida se encontra.
A vida tem uma direção que se forma no momento.
A vida está sempre se formando e nascendo.
Suas pretensões é que o envelhecem.
Nunca pretenda nada, apenas receba o novo, o inusitado.
Deixe que a vida se forme.